Cidadania e direitos iguais para responder à violência religiosa
Fundação Ajuda à Igreja que Sofre acompanhou conferência no Catar. A solução para acabar com a discriminação e a violência religiosa no Médio Oriente passa pela "cidadania" e pelos "direitos iguais". Esta posição foi assumida pelo professor e filósofo político Azmi Bishara durante uma conferência, promovida pelo Instituto de Doha para Estudos Superiores, no Catar, e divulgada pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre. Segundo um comunicado enviado à Agência ECCLESIA, este académico afirma ser a falta de direitos civis que está na base da "discriminação e violência religiosa no Médio Oriente". "Para se conseguir essa igualdade de direitos e cidadania plena, será necessário que o mundo árabe consiga alcançar «paz social e desenvolvimento económico», e que é necessário ainda «uma nova aliança» entre todos, que não acentue «as diferenças religiosas», mas sublinhe os «valores comuns»", destaca o comunicado. O professor sublinhou não se poder separar cristãos do mundo árabe, uma vez que, considera, "o problema das minorias também afecta a maioria muçulmana". No debate esteve no centro a violência sobre os cristãos, nomeadamente no Egipto e no Iraque, e os participantes afirmaram que a perseguição aos cristãos nesta região não se resolve "com varinha mágica". O comunicado dá conta que o encontro de dois dias juntou professores universitários, cientistas políticos, pesquisadores e escritores. G.I./Ecclesia:LS