Papa Igreja Pastoral

Papa critica discriminação de doentes e pessoas com deficiência

09/09/2018
Por diocesedeviseu
Imagem padrão

Papa Francisco quer que estes homens e mulheres deixem de ser vistos como um «problema» na sociedade. O Papa Francisco criticou hoje no Vaticano a discriminação de doentes e pessoas com deficiência, pedindo que deixem de ser vistos como um “problema” pela sociedade. “O medo leva-nos a marginalizar o doente, quem sofre, a pessoa com deficiência; há muitos modos de marginalizar, também com uma pseudopiedade ou com a eliminação do problema: ficamos surdos ou mudos diante das pessoas marcadas pela doença, a angústia e as dificuldades”, assinalou, diante de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, para a recitação da oração do ângelus. Francisco lamentou que “muitas vezes” os doentes e as pessoas com deficiência se tornem “um problema, quando deveriam ser ocasião para manifestar solicitude e solidariedade” na sociedade, face aos mais fracos. A reflexão dominical, desde a janela do apartamento pontifício, partiu da passagem do Evangelho que é lida nas igrejas de todo o mundo, a cura de um surdo-mudo por Jesus Cristo. “Jesus age sempre com discrição, não quer dar nas vistas, não está à procura de popularidade ou sucesso, mas deseja apenas fazer bem às pessoas”, assinalou o pontífice, pedindo que os católicos ajudem “sem ostentação”. O Papa sublinhou que esta cura, relatada pelo Evangelho, representou uma “abertura” aos outros e ao mundo. “Trata-se de abrir-se às necessidades dos nossos irmãos que sofrem e precisam de ajuda, fugindo do egoísmo e do coração fechado”, precisou. Na parte final do encontro de oração, Francisco aludiu à beatificação da religiosa francesa Alphonse-Marie Ettinger (1814-1867), fundadora das Irmãs do Santíssimo Salvador. “Demos graças a Deus por esta mulher corajosa e sábia, que – sofrendo, calando e rezando – testemunhou o amor de Deus, sobretudo aos que estavam doentes no corpo e no espírito”, declarou, propondo à multidão que homenageassem a nova beata com um aplauso. O Papa despediu-se com os habituais votos de “bom domingo” e “bom almoço” a todos os visitantes e peregrinos, pedindo orações por si. G.I./Ecclesia:OC